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Influenciadores digitais e Marketing de influência

05 Abril, 2023

O meu nome é X e sou um influencer. Ao longo dos últimos anos, algumas profissões têm perdido relevância ao passo que outras têm surgido para dar resposta a novas necessidades ou hábitos. É o caso do influenciador digital, que cresceu com as redes sociais e que passou de ser um mero hobby a um negócio, e diga-se de passagem extremamente rentável.

Os influenciadores digitais utilizam o seu público nas redes sociais para ajudar as marcas que os patrocinam e/ou contratam, a veicularem a sua história e em última análise a venderem os seus produtos/serviços.

Hoje em dia é mais provável que o publico siga um influencer do que uma celebridade. Porquê? Porque são pessoas comuns, com vidas comuns, com as quais nos identificamos de forma mais fácil. Esta identificação produz um sentimento de pertença e aumenta a criação de empatia, em poucas palavras cria uma relação. E todas as estratégias de marketing e de venda de sucesso procuraram criar relação, sentimento, acrescentar valor e proporcionar uma experiência. Cada vez mais o lema é levar a sentir e a identificação é maior com a girl ou com o boy next door.

No entanto, não basta apenas ser aparentemente comum e ter uma rede social. Há que ser consistente, muito, criativo, constantemente e apresentar conteúdos relevantes. Há por isso que investir, aprender e trabalhar. Sendo ou tornando-se um comunicador de excelência, atento ao seu mundo de seguidores e ao mundo em que se “especializou”.

Sim, há vários tipos de influencers, dependendo do nicho de mercado em que se posicionam e recomendam, assim como diferentes níveis/categorias:

– Celebridades e mega influenciadores – mais de um milhão de seguidores, falam sobre vários assuntos de forma genérica com o propósito de alcançarem pessoas com gostos variados. São importantes para tornar uma marca conhecida, mas não são os mais adequados para conversão em vendas, sendo pouco especializados num determinado tema;

– Macro influenciadores – entre 500.000 a 1.000.000 de seguidores, conseguem alcançar grandes audiências com maior especialização em termos de assunto, logo têm mais resultados práticos em termos de vendas e retenção;

– Influenciadores de nível médio – 50.000 a 500.000 seguidores;

– Micro influenciadores – 10.000 a 50.000 seguidores, alcançam audiências significativamente menores, comunicam para um publico específico e com interesse no produto/serviço;

– Nano influenciadores – 1.000 a 10.000 seguidores.

As marcas preferem investir em micro e nano influenciadores, têm um menor número de seguidores, mas são seguidores mais fidelizados e com elevado nível de relação com o influencer. Também existe o aspeto de que o valor a pagar a este segmento é consideravelmente menor, o que conduz a uma maior procura por parte de um maior número de marcas.

Em termos de plataformas de comunicação, o Instagram e o TikTok continuam a liderar. Sendo as maiores plataformas de marketing de influência para 2023. O Instagram com maior número de utilizadores entre os 25 e os 34 anos, e o Tiktok, o rei da Geração Z, entre os 18 e os 24 anos.

Em Portugal o investimento direto em publicidade com influencers alcançou a barreira dos 20 milhões de euros em 2022. Para este ano estima-se um investimento na ordem dos 25 milhões de euros.

Para o crescimento dos influencers em Portugal é importante que exista uma profissionalização do sector. “A base desta profissionalização é a transparência em todos os âmbitos: tanto para o consumidor, com um código regulador, como para as marcas”, diz citado Luis Díaz, diretor-geral da H2H (agência de influencer marketing).

Trata-se de um mercado e de uma forma de comunicação extremamente emocional, em que há um maior enfoque na relação que se cria, do que propriamente no ganho económico que se procura alcançar. O marketing emocional trabalha em cima de valores: mais do que atender a uma necessidade específica, o produto conquista o coração de quem compra e desperta nele uma sensação positiva que o leva ao ato da compra. Isto é muito mais do que apenas vender e gerar lucro para uma empresa: é atrair, conquistar e fidelizar o cliente.

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