O Coaching – trend ou nem tanto?!

Em termos formais, o Coaching “é um processo de aprendizagem e desenvolvimento humano (um processo evolutivo de reflexão-ação) que visa ajudar as pessoas a alcançar objetivos, transportando-as de onde estão (estado atual) para onde querem chegar (estado desejado), baseando-se nas suas próprias competências e durante o qual descobrem e implementam as suas próprias soluções. A sua essência assenta no pressuposto de que as pessoas encerram em si mesmas a capacidade de se auto-superar, de encontrar as suas próprias respostas e soluções e construir, assim, o seu próprio caminho” (disponível em Sociedade Portuguesa de Coaching Profissional).

O Coaching não é uma terapia, nem o Coach um terapeuta. O processo está mais focado na prossecução de determinadas tarefas e objetivos específicos, um processo de transformação e mudança pessoal. Durante o processo, o cliente (Coachee) é instigado a tomar consciência do seu ponto de partida e a refletir sobre o seu futuro desejado, avaliar alternativas e encontrar soluções, ponderar opções e implementar ações com vista à concretização desse futuro (Sociedade Portuguesa de Coaching Profissional).

A função do Coach não é a de ensinar os seus Coachees, é muito mais a de um observador atento e a de um excelente ouvinte, pronto a fornecer uma visão diferente e alternativa face a determinados aspetos menos positivos que possam afectar a vida quotidiana, procurando torna-los em algo mais positivo e no final produtivo.

A título de curiosidade, a palavra coach surgiu na Inglaterra, em meados do século XVI, mas a sua origem é húngara. Naquela época, a povoação de Kocs desenvolveu um modelo de carroça que utilizava molas de aço na suspensão, o que tornava o veículo muito mais confortável que os demais. Logo, tornou-se um sucesso e todos queriam comprá-la. As carruagens passaram a ser conhecidas como kocsi szeker e os cidadãos que as produziam como kocsi. Aos ingleses, a palavra soava como coach, então, passou a ser utilizada para se referir aos condutores de carroças.

O termo, como conhecemos hoje, só começou a ser referido em meados do século XIX, na Universidade de Oxford. Nessa época, os alunos frequentemente referiam os seus tutores como sendo os principais responsáveis pelo seu bom desempenho em testes e exames, ou seja, eram os profissionais que os guiavam pelo melhor caminho. Foi assim que a palavra coach passou a ser usada para definir as pessoas que, assim como os cocheiros, levam as outras de um lugar a outro de forma mais rápida e segura. A diferença é que, no caso do coach, o deslocamento não é geográfico, mas sim relativo ao desenvolvimento pessoal e profissional do indivíduo.

No final, o Coaching tem muito a ver com isso: a mudança. Profissionalmente ou pessoalmente, estamos sujeitos a constantes variáveis e, para enfrentá-las, aceitá-las e lidar com elas, o Coach oferece à pessoa uma ótica diferente, exibindo a mudança como algo natural e que pode ser superada ou trabalhada.

Existem 6 pressupostos orientadores:

– O futuro não é igual ao passado;

– Não existe fracasso, apenas resultado;

– É sempre possível fazer melhor;

– Os recursos de que as pessoas precisam estão dentro das próprias;

– O Coachee não tem problemas e sim soluções que ainda não foram encontradas;

– Para as pessoas se desenvolverem têm que AGIR.

Existem vários tipos de coaching – coaching de vida, executivo, equipas, negócios, desportivo, welness, familiar, educacional.

Estando na moda é também uma ferramenta que faz todo o sentido – é um processo de transformação interna que tem impacto na esfera pessoal e consequentemente na esfera profissional. Contribui para o aumento da autoestima e para o aumento da sensação percebida de segurança, alicerçado num contínuo de energia positiva, potenciando o crescimento da pessoa, a sua proatividade, capacidade de arriscar e tomada de decisões. Ao melhorar a comunicação promove o espírito de equipa e contribui para a construção, passagem e desenvolvimento daqueles que são os objetivos e filosofia organizacionais.

Pessoas resolvidas são pessoas felizes e pessoas felizes contagiam! Num momento em que há tantos recursos, pensar em melhorar tem que ser forçosamente uma possibilidade e hoje em dia este coaching é possível no digital – em qualquer lugar e/ou dispositivo. Aqui também à distância de um clique.

Que procurar melhorar seja um trend que fique na moda, estação após estação.